A hora é essa: saiba por que o inverno é a melhor época para investir em tratamentos faciais
ISABELA LEAL
Colaboração para o UOL
Fonte UOL
Na contramão da ameaça que um verão de excessos representa para a pele, o inverno surge como o período redentor para apaziguar e tratar os efeitos nocivos causados pelo sol, cloro, sal e excesso de química do protetor solar.
O motivo principal é a baixa incidência solar, já que alguns tratamentos estéticos removem a camada superficial da pele deixando-a vulnerável e sensível. Essa fragilidade, exposta ao sol, é suficiente para anular o tratamento ou provocar complicações mais graves, como por exemplo, a produção desordenada de melanina durante um procedimento contra manchas. Além da baixa incidência solar na temporada de frio, o filtro solar também pode ser útil para quem quiser realizar procedimentos estéticos, mas é bom destacar que esse produto não é 100% seguro, por isso mesmo é preciso dobrar os cuidados nesse sentido. “O uso imediato de filtro solar após o procedimento, ou mesmo horas depois, pode deixar a pele sensível, irritada e até ardendo. O ideal é se esquivar da exposição solar por pelo menos dois dias. A partir desse período, o uso de filtros já é recomendado, mesmo com a pele se recuperando”, ressalta a dermatologista Samanta Nunes, da Clínica Corium, de São Paulo, lembrando que apenas os procedimentos de preenchimento não se enquadram nesse perfil por não causar nenhuma microlesão superficial na pele, já que é um processo subcutâneo. Concorda com a colega a dermatologista Bianca Gastaldi, de São Paulo: “o ideal é o paciente poder ficar o tempo que for orientado pelo médico sem se expor ao sol de maneira alguma”, evidencia.
Após o período de recuperação da pele, claro, o filtro solar se torna o grande aliado para proteger a derme e prolongar os resultados dos tratamentos. “Quando orientamos o cliente para não tomar sol, muitas vezes ele se esquece que aquela caminhada de 15 minutos, ao meio-dia, entre o trabalho e o local do almoço, também influencia nos resultados, assim como a tela do computador e a iluminação de escritório. Essas situações podem manchar a pele e comprometer os resultados, portanto é fundamental de proteger”, alerta a esteticista Blanch Marie, especialista em estética facial, de São Paulo.
Como escolher o melhor tratamento
Quando nos deparamos com o espelho junto com aquela vontade incontrolável de fazer algo para frear a ação do tempo, eliminar manchas ou turbinar o tônus da pele para prevenir a flacidez, vêm as perguntas. Qual será o método mais adequado para o meu caso? Qual a melhor maneira de investir?
O primeiro passo para as respostas é ter em mente que nem sempre uma tecnologia moderna é melhor do que um tratamento tradicional que há anos tem sua eficácia comprovada. “Um bom exemplo é o tratamento de melasma, que responde muito bem aos métodos tradicionais como o uso de ácidos, clareadores e peelings seriados, já que alguns lasers demonstraram poder causar recidivas de melasma. Para envelhecimento cutâneo é preciso analisar cada caso – já que as rugas são causadas por diferentes motivos, que podem ocorrer simultaneamente, como redução de colágeno, rugas de expressão e ação solar, entre outros. Na maioria das vezes, os resultados são alcançados com uma combinação de técnicas”, acredita a dermatologista Samanta Nunes.“Tanto os tratamentos de alta tecnologia quanto os tradicionais apresentam benefícios. O mais adequado é aquele em que o paciente fica com uma aparência natural e mais saudável. Para isso, o médico deve sugerir os procedimentos compatíveis com as necessidades e idade da pessoa”, complementa a dermatologista Patrícia Rittes, de São Paulo. Em outras palavras, nada pode ser decidido sem antes o dermatologista fazer um cruzamento entre alguns aspectos importantes da paciente como idade, histórico da pele, estilo de vida e claro, o problema a ser tratado.
Depois de feita uma análise sobre cada um desses pontos, fica mais fácil fazer a escolha certa. “Em alguns casos, costumo escolher um procedimento que trate um determinado problema mas que agregue outros benefícios ao tratamento, como por exemplo o Laser de CO2 fracionado, que além de tratar manchas, por exemplo, melhora outros aspectos da pele como rugas, flacidez, poros dilatados e cicatrizes de acne, de forma segura”, diz a dermatologista Bianca Gastaldi.
Parece óbvio, mas por todas essas razões é tão importante escolher bem e confiar no médico. “O dermatologista tem papel fundamental para analisar e definir o que é mais eficaz em cada caso e fazer um planejamento racional de tudo o que deve ser feito, inclusive em relação ao custo-benefício, dadas as muitas possibilidades disponíveis”, finaliza Samanta Nunes.